Acontecem tantos encontros nessa vida, que são, na maioria das vezes, passageiros. Poucos são os que conseguem se conectar de uma forma quase que transcendental, e permanecerem firmes. Está em falta os que conseguem enxergar no outro o que lhe falta, e se dispor a lhe dar.
Existe a pessoa que vive fechada em seu "mundinho", presa em suas falsas seguranças, que talvez prefira não arriscar mais. Que talvez nunca tenha arriscado. Que talvez nem saiba o quanto é instigante e maravilhoso o que não lhe é comum.
A vida é feita escolhas, de possibilidades e fatos. Somos imperfeitos a todo o instante. Ao mesmo tempo que existem pessoas que você não goste tanto, também existem as que não te veneram, não te suportam, não te engolem. OK. Que pelo menos exista respeito entre nós, por favor! - é o mínimo - E vamos levando a vida assim, no meio de quem não nos quer tão bem. Trocamos conversas, sentimentos, segredos, vontades, afagos diariamente com todo o tipo de gente. Mesmo as que não gostaríamos. Por falta de opção? Talvez sim, talvez não. Onde estão as pessoas especiais nesse momento? As vezes já tivemos e a perdemos. Ou talvez nunca tivemos, porque o que é especial não se pode deixar pra lá, não é facilmente descartado. Somos únicos, e lindamente diferentes. Há todo instante nos é colocado em nossa frente um estranho, nesse instante, se os "diferentes" estiverem com o peito aberto, vontade de se doarem e construírem carinhosamente um laço, deixam de ser "diferentes" e se tornam "comum" um ao outro. Assim se estabelece um encontro de almas, assim nasce uma amizade. Assim nasce o amor. Agora que já nasceu, o grande desafio é mantê-lo vivo. E os que valorizam a sua presença, os que te enchem de felicidade, são iguais a jóias raras. Poucos, preciosos e transparentes. São aqueles que nos dão vontade de fazê-los rir a todo instante, só porque você se sente mais bonito assim. Esses são os que te curam.
Eles se abriram, e consequentemente se perceberam. Eles trocaram. Se doaram. Um envolvimento despretensioso, porém intenso. Dois mundos, três mundos, quatro mundos... são tantas as possibilidades, que por vezes nos perdemos, e isso talvez seja a melhor experiência que desejaríamos ter. Se conectaram facilmente. Eles se tornaram grandes amigos.
Assistam ao filme francês "Intocáveis", foi o que me inspirou a escrever esse texto.
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