Quando desisti daquele amor. To falando daquele amor em que
as coincidências te revelam que o encaixe do encontro pode ser delicado e
sereno. Aquele onde se confundem os melhores sentimentos. Aquele que quando não
te vejo, te sinto. E quando te sinto, magicamente me reconheço. To falando
daquele amor que a gente passa a desejar e acreditar, por ter visto a vida
inteira filmes de romances inacreditáveis. Aquele em que os dois são subitamente
atraídos por uma energia invisível, porém completamente palpável aos que se
abrem pra ela. Aquele que quando a gente encontra, estar nesse mundo passa a ter
outro sentido. Na verdade, faz todo o sentido. Sorrir até ficar com as bochechas
dormentes. Até o coração, de tanta alegria, chorar.
Quando desisti disso tudo, você se materializou na minha
frente e pude, nesse momento, ouvir a risada de Deus. Ele sabia o que ainda
estava por vir, e riu do meu desespero desnecessário em fugir do que me
pertencia. Ele viu meu coração despedaçado e machucado por diversas vezes. Mas
Ele sabe, só ele, o quanto sou merecedora do que acontece agora. Acontece que o
que temos, meu precioso, é resquício de outras vidas, encontro dessa vida e
eterna busca nas que virão. Maravilha te reconhecer. Magnífico te pertencer. Tão
natural ser sendo assim contigo.
De você só quero uma promessa: SER COMIGO.
Quando desisti de viver aquilo tudo que sempre acreditei que
merecia viver, você me pegou no colo, cutucou minha alma e me acordou dos meus
sonhos divinos. E nunca imaginaria que seria tão fácil e simples abrir os olhos
pra realidade.