quinta-feira, 2 de abril de 2009

Intuição Pulsante

Hoje estou meio boba. Tá um vazio aqui dentro, dento do meu corpo que está vivo e tem espírito e alma. Mas onde deviam existir órgãos pulsantes correntes sanguíneas vibrantes, parece não ter nada. tá uma calmaria só. Será que me dopei e não percebi, ou será o ritmo natural da minha madrugada interna de hoje? Estranho. Essa é a hora que meus pensamentos se confundem em melodias, cores, densidades, cheiros, vontades... Hoje está fazendo madrugada quente, porém chuvosa. Não vejo a chuva mas sinto-a. Não sei se o calor é da madrugada ou de uma massa densa circular que gira dentro do meu corpo, no lugar dos órgãos, aquecendo-me. Também pode ser o meu coração que cresceu, expandiu, se alimentou de tudo que existia aqui dentro, e agora pulsa pulsa pulsa pulsa.. não é acelerado, é lento. Pulsar lento e demorado mas constante e não para.
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Queria poder entender, saber, ter, sentir, ver, beijar, estar, ser e ouvir. sou tudo isso mas quero ser junto. compartilhado. dividido ao meio. só em dois pedaços. e só quem eu quero agora. E que me queira pra sempre desde então.
Sente que algo aconteceu?
O coração acelerou, desregulou os sentidos e razão, não falei coisa com coisa. Falei boca com boca, pele com pele, língua com língua, alma com alma, esse tipo de coisa que falei.
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Pronto, me acalmei. Eu sei, de um saber meio ilusório e confuso, que vou viver novamente tudo o que agora desejo com tanto ardor. Um saber, digamos que intuitivo.

Ana Fonte

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