quarta-feira, 30 de junho de 2010

Mr. Nobody


Esse filme espetacular do Jaco van Dormael, ao meu ver, trata-se de possibilidades.

Um homem, Nemo Nobody de 120 anos, é o último mortal de uma era habitada apenas por seres imortais. Com sua mente fragilizada, tenta se lembrar de quem é, o que fez e as escolhas que foi obrigado a fazer em sua curta existência.
Esse filme é mágico e contagiante, pois mostra todas as possibilidades que o Nemo pôde e teve que optar em seguir. Desde o início da sua vida que, ainda criança, teve que decidir se ficaria com seu pai, ou se partiria com sua mãe logo que se separaram. E a constante necessidade de escolha ao longo da vida:
Qual, dentre as 3 meninas lindas do banco da praça, escolheria pra ser a mulher da sua vida?
"E se" é o verbo desse filme, se é que posso fazer essa concessão. "E se" eu escolhesse ficar com o meu pai? estaria "nesse tal" endereço? nessa profissão? com "essa tal" possibilidade de amor?
E o Jaco van Dormael brinca com essas possibilidades, ao passo que Nemo vai tentando se lembrar do que ele realmente viveu.
Sua mente frágil pela velhice, ou apenas por preferir não lembrar, nos envolve entre as amontoadas imagens ilusórias e reais que ele consegue formar. Não fica claro o que aconteceu em sua trajetória pela vida. A mente confunde tudo, troca a razão e o sentido. Ficam registradas as paixões que causou, os sonhos que experimentou e as emoções que se permitiu absorver.
E o resultado disso tudo, só poderia ser: Brilhante!
Eu amei. E você?

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