sexta-feira, 3 de julho de 2009

AHHHH O AMOR!

Quando ela era criança costumava colecionar frases e versos de desconhecidos, porém sábios! Quando ela era criança brincava com tudo, a vida era pura brincadeira, desenho animado e chocolate. Ela costumava colecionar versos sobre o amor. Quando ela era adolescente deu o seu primeiro beijo, e continuava colecionando versos de amor. Tinha um que ela não gostava muito, mas mesmo assim ela escrevia nos diários anuais. "O amor é uma flor roxa, que só nasce no coração dos trouxas" ela achava de muito mau gosto, e realmente não compreendia como o amor podia despertar tais sentimentos pequenos e mesquinhos que levasse alguém a escrever tal frase. Ela amava pela primeira vez, ou pelo menos achava que aquilo que sentira era amor. Mas não se achava uma trouxa. Ela foi aprendendo que o sentimento do amor é mutável. Porque amava e desamava e passava e ia.. e amava mais cada vez mais.. AHHH O AMOR! Entrava e saia e brincava e achava que sentia tal sentimento amado e idolatrado e desejado e amando tudo e todos e deixando os amores amados de lado que não eram mais. De repetente, sem mais nem menos, ela percebe que cresceu, que amou amores falsos, amor de passageiro de ônibus, trem e metrô. Descobriu que amor não é assim tão fácil de se encontrar. Descobriu a dor da tranquilidade de não ter quem amar se não ela própria. Amor verdadeiro dela para com ela e .. calmaria no peito.

Ela costumava colecionar frases e versos de amor quando era menininha e não sabia o que era o amor.

Ela não coleciona mais frases no diário. Parou com isso faz um bom tempo.

Na calmaria algo aconteceu, ela realmente não esperava e não acreditava e não entendia e não queria entender. Ela foi de cabeça se jogou num sentimento que enlouqueceu e abalou toda e qualquer estrutura. Algo completamente diferente.. de um tamanho que não se pode medir.
Ela ainda se sente confusa demais abalada demais desestruturada demais.

passou um caminhão em cima do músculo fundamental e impulsionador das suas emoções. Ela tá esmagado e ainda bate confuso e desesperado implorando pra viver.

Ela não sabe bem o que é, mas agora entende o significado da frase que escrevia nas agendas anuais da infância colorida de balões de festa e com cheiro de algodão-doce. Ela compreende e não gosta disso. Não gosta mesmo.

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