Se perdeu e acabou meu anjo. Agora nada mais acontece. Nos perdemos nesse mundão. Aconteceu o que temíamos. Acabou sem antes começar, enfim.
A vida seguindo o seu rumo e nos empurra, nos força a seguir. A gente vai tentando não tropeçar com os puxões que ela dá. Nada resiste a distancia, nem aquele lindo sonho infantil de que poderia ser diferente algum dia, quem sabe? porque não? Aquele com gosto de Kinder bueno. Não resistimos. Fomos vencidos. Perdemos. Nos perdemos. O grão não foi devidamente regado como prometido. Alguém esqueceu que é preciso lutar pra vencer. Mas tudo bem meu amorzinho. Não há culpado. Não há remorso. Não há nem mais esperança. Que pena, meu bem. Que pena.
Deita aqui perto, assim de conchinha, ajeito antes o meu cabelo pra não te incomodar. daí encaixa as suas pernas nas minhas, isso, eu aperto a sua mão e seu abraço me aquece.
Ei, adoro quando você me dá essa cafungada no pescoço. Não esquece de jogar fora aquela coisa fedorenta que você cisma em colocar entre as pernas pra dormir. Você realmente nunca vai entender o que quero dizer. Tudo bem. ok. bjoca-oca.

terça-feira, 23 de junho de 2009
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Ta fazendo muito frio
Eu só quero me aquecer
pra poder relaxar
pra me sentir bem
pra poder acordar com energia pra vida
só quero um lugar onde me sinta em casa
só por hoje
porque eu não posso ter pra sempre
eu posso ter pra sempre?
porque desejar..
o que desejar pra sempre?
o que na minha cabeça é pra sempre?
pra poder relaxar
pra me sentir bem
pra poder acordar com energia pra vida
só quero um lugar onde me sinta em casa
só por hoje
porque eu não posso ter pra sempre
eu posso ter pra sempre?
porque desejar..
o que desejar pra sempre?
o que na minha cabeça é pra sempre?
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Porque somos assim?
Era noite de sexta feira na Lapa, Rio de Janeiro, ela estava meio perdida e um pouco altinha por ter bebido mais do que o normal. Mas era sexta, então não se importava muito. Encontrou depois de anos, aproximadamente uns 8 anos, alguns amigos da pré-adolescência. Estava feliz em revê-los depois de tantos anos passados. Agora, pela primeira vez, bebia na presença deles. Mais que bebia, compartilhava a mesma bebedeira e também o primeiro maço de cigarro . Todos alegres, felizes e com sensação de redescobrimento da amizade antiga e preciosa.
Muitas gargalhadas, gritos, cigarros, fotos, fofocas, pinga, cigarros, raggae e cigarros.
Ela de repende escuta:
- Tia, compra um xicreti aê.
- Oi? ( bêbada e um pouco assustada)
- Me ajuda aê. por favor tia.
- Mas quantos anos você tem menino? ( doce e preocupada)
- Tenho 6.
- Mas já são 1:37 da madrugada. Você devia ta dormindo, meu Deus!
Ela repara o olhar do menino: duas jabuticabas pretas pedindo carinho e atenção. Ela acha que ainda existia uma esperança.. mas era esperança pisada e retorcida.
- Como você se chama?
- Ronald
- Você já comeu hoje, Ronald ?
Fez que não com a cabeça.
- O que você gostaria MUITO de comer agora? Fala que eu compro pra você. Quer um Hambúrguer bem gordão gostosão tudo de bão?
- Eu quero fofura, Tia.
- Oi? Fofura???!!!
- Anham!
Ela reparou que ele falava a verdade, porque enquanto mexia a cabeça pra cima e pra baixo, soltava um sorriso de orelha a orelha e os olhinhos de infância pisada e retorcida estavam resplandecentes.
- Uma fofura aqui pro meu amiguinho Ronald, por favor!
Ele pegou a fofura como se fosse a comida mais impossível e deliciosa. Ela entendeu a felicidade, pois ele era uma criança de 6 anos.. crianças desejam besteiras.
Ela teve que dobrar um pouco os joelhos quando deu um beijo carinhoso na careca do menino que parecia estar radiante por comer a sua tão sonhada fofura.
- Tchau. Vai com Deus Ronald. ( ou pelo menos tente ir, ela pensou.)
Ele se foi, não foi muito difícil ele se perder na multidão da Lapa. Ela agora não o via mais.
Um amigo, o da infância, de 8 anos atrás, bêbado e fumando um cigarro falou:
- Pronto fulana, agora você pode correr pro banheiro e lavar a boca.
Ela via risadas, mas não as ouviam. Ela teve nojo? Ela teve. Mas não sabe exatamente de quem.
Muitas gargalhadas, gritos, cigarros, fotos, fofocas, pinga, cigarros, raggae e cigarros.
Ela de repende escuta:
- Tia, compra um xicreti aê.
- Oi? ( bêbada e um pouco assustada)
- Me ajuda aê. por favor tia.
- Mas quantos anos você tem menino? ( doce e preocupada)
- Tenho 6.
- Mas já são 1:37 da madrugada. Você devia ta dormindo, meu Deus!
Ela repara o olhar do menino: duas jabuticabas pretas pedindo carinho e atenção. Ela acha que ainda existia uma esperança.. mas era esperança pisada e retorcida.
- Como você se chama?
- Ronald
- Você já comeu hoje, Ronald ?
Fez que não com a cabeça.
- O que você gostaria MUITO de comer agora? Fala que eu compro pra você. Quer um Hambúrguer bem gordão gostosão tudo de bão?
- Eu quero fofura, Tia.
- Oi? Fofura???!!!
- Anham!
Ela reparou que ele falava a verdade, porque enquanto mexia a cabeça pra cima e pra baixo, soltava um sorriso de orelha a orelha e os olhinhos de infância pisada e retorcida estavam resplandecentes.
- Uma fofura aqui pro meu amiguinho Ronald, por favor!
Ele pegou a fofura como se fosse a comida mais impossível e deliciosa. Ela entendeu a felicidade, pois ele era uma criança de 6 anos.. crianças desejam besteiras.
Ela teve que dobrar um pouco os joelhos quando deu um beijo carinhoso na careca do menino que parecia estar radiante por comer a sua tão sonhada fofura.
- Tchau. Vai com Deus Ronald. ( ou pelo menos tente ir, ela pensou.)
Ele se foi, não foi muito difícil ele se perder na multidão da Lapa. Ela agora não o via mais.
Um amigo, o da infância, de 8 anos atrás, bêbado e fumando um cigarro falou:
- Pronto fulana, agora você pode correr pro banheiro e lavar a boca.
Ela via risadas, mas não as ouviam. Ela teve nojo? Ela teve. Mas não sabe exatamente de quem.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Ouve-me
Tendo em mim um sentimento assim, que me faz ir além sempre quando me sinto paralisada.
Assim de um jeito todo único que me conduz, leva, eleva. Ultrapasso minha agonizante tonta loucura lúcida. Presencio minha límpida demência.
Demência do EU (que é só meu) versus o MUNDO ( que é de tantos tontos)
-tolinha eu achar que é só meu.
VOCÊ + EU + tantos tontos = MUNDO
Me perder entre tantos reflexos, espelhos, luzes, vozes, mente. A mente mente.
Me confundo sempre. Agir sem saber ao certo o que é, sempre me paralisou.
mas tendo em mim todo um sentimento assim, que me faz ir além sempre quando..
Quando?
Assim de um jeito todo único que me conduz, leva, eleva. Ultrapasso minha agonizante tonta loucura lúcida. Presencio minha límpida demência.
Demência do EU (que é só meu) versus o MUNDO ( que é de tantos tontos)
-tolinha eu achar que é só meu.
VOCÊ + EU + tantos tontos = MUNDO
Me perder entre tantos reflexos, espelhos, luzes, vozes, mente. A mente mente.
Me confundo sempre. Agir sem saber ao certo o que é, sempre me paralisou.
mas tendo em mim todo um sentimento assim, que me faz ir além sempre quando..
Quando?
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Clarice e a Aprendizagem do prazer
Reuni algumas partes do livro que estou envolvida no momento. "Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres" da Clarice Lispector. Diz muito o que vivi, vivo e procuro viver. Simplesmente divino.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
A Origem da Primavera ou A Morte Necessária em Pleno Dia.
" Queria poder continuar a vê-lo, mas sem precisar tão violentamente dele"
"Ser tão protegida a ponto de não recear ser livre"
"Lori se cansava muito porque ela não parava de ser"
"Ele parecia agora ver como ela era inalcançável. E mais: não só inalcançável por ele mas por ela própria e pelo mundo. Ela vivia de um estreitamento no peito: a vida."
"Sua alma incomensurável. Pois ela era o mundo. E no entanto vivia o pouco."
"Existe um grande, o maior obstáculo para eu ir adiante: eu mesma. Tenho sido a maior dificuldade no meu caminho. é com maior esforço que consigo me sobrepor a mim mesma."
"-Porque é que você olha tão demoradamente cada pessoa?
-Não é por nada que olho: é que gosto de ver as pessoas sendo."
"Um dia será o mundo com sua impersonalidade soberba versus a minha extrema individualidade de pessoa mas seremos um só."
"A coragem de Lóri é a de, não se conhecendo, no entanto prosseguir, e agir sem se conhecer exige coragem."
"Faço poesia não porque seja poeta mas pra exercitar a minha alma"
"Ele fazia poemas como exercício mais profundo do homem. E ela? Que fazia como exercício mais profundo de ser uma pessoa? Fazia o mar de manhã..."
"Queria que as coisas "acontecessem" e não que ela as provocasse. Ela conhecia o mundo dos que estão tão sofridamente à cata de prazeres e que não sabiam esperar que eles viessem sozinhos."
"Antes o sofrimento legítimo que o prazer forçado."
"Adeus. Ele sempre se despedia assim. Como se cortasse de uma vez para outra o vínculo? E ambos ficassem em liberdade um do outro? Lóri sabia que ela própria é quem cortara vínculos a vida inteira, e talvez alguma coisa nela sugerisse aos outros a palavra "adeus". "Abandonar-me logo quando eu estava..." Não concluía o pensamento numa frase porque não sabia ao certo em que "já estava".
"Ela estava procurando sair da dor, como se procurasse sair de uma realidade outra que durara a sua vida até então."
" A calma - o encontro com o prazer extraordinário que era tão simples de encontrar nas coisas comuns"
"Queria a quebra de sua carne em espírito e do espírito se quebrando em carne, queria essas finas misturas."
"Ser-se o que é era grande demais e incontrolável"
"E sabia que era feroz entre os ferozes seres humanos, nós, os macacos de nós mesmos. Nunca atingiríamos em nós o ser humano. E quem atingia era com justiça santificado."
"Ela quis retroceder. Mas sentia que era tarde demais: uma vez dado o primeiro passo este era irreversível, e empurrava-a para mais, mais, mais!!!
"De algum modo já aprendera que cada dia nunca era comum, era sempre extraordinário."
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A Origem da Primavera ou A Morte Necessária em Pleno Dia.
" Queria poder continuar a vê-lo, mas sem precisar tão violentamente dele"
"Ser tão protegida a ponto de não recear ser livre"
"Lori se cansava muito porque ela não parava de ser"
"Ele parecia agora ver como ela era inalcançável. E mais: não só inalcançável por ele mas por ela própria e pelo mundo. Ela vivia de um estreitamento no peito: a vida."
"Sua alma incomensurável. Pois ela era o mundo. E no entanto vivia o pouco."
"Existe um grande, o maior obstáculo para eu ir adiante: eu mesma. Tenho sido a maior dificuldade no meu caminho. é com maior esforço que consigo me sobrepor a mim mesma."
"-Porque é que você olha tão demoradamente cada pessoa?
-Não é por nada que olho: é que gosto de ver as pessoas sendo."
"Um dia será o mundo com sua impersonalidade soberba versus a minha extrema individualidade de pessoa mas seremos um só."
"A coragem de Lóri é a de, não se conhecendo, no entanto prosseguir, e agir sem se conhecer exige coragem."
"Faço poesia não porque seja poeta mas pra exercitar a minha alma"
"Ele fazia poemas como exercício mais profundo do homem. E ela? Que fazia como exercício mais profundo de ser uma pessoa? Fazia o mar de manhã..."
"Queria que as coisas "acontecessem" e não que ela as provocasse. Ela conhecia o mundo dos que estão tão sofridamente à cata de prazeres e que não sabiam esperar que eles viessem sozinhos."
"Antes o sofrimento legítimo que o prazer forçado."
"Adeus. Ele sempre se despedia assim. Como se cortasse de uma vez para outra o vínculo? E ambos ficassem em liberdade um do outro? Lóri sabia que ela própria é quem cortara vínculos a vida inteira, e talvez alguma coisa nela sugerisse aos outros a palavra "adeus". "Abandonar-me logo quando eu estava..." Não concluía o pensamento numa frase porque não sabia ao certo em que "já estava".
"Ela estava procurando sair da dor, como se procurasse sair de uma realidade outra que durara a sua vida até então."
" A calma - o encontro com o prazer extraordinário que era tão simples de encontrar nas coisas comuns"
"Queria a quebra de sua carne em espírito e do espírito se quebrando em carne, queria essas finas misturas."
"Ser-se o que é era grande demais e incontrolável"
"E sabia que era feroz entre os ferozes seres humanos, nós, os macacos de nós mesmos. Nunca atingiríamos em nós o ser humano. E quem atingia era com justiça santificado."
"Ela quis retroceder. Mas sentia que era tarde demais: uma vez dado o primeiro passo este era irreversível, e empurrava-a para mais, mais, mais!!!
"De algum modo já aprendera que cada dia nunca era comum, era sempre extraordinário."
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Intuição Pulsante
Hoje estou meio boba. Tá um vazio aqui dentro, dento do meu corpo que está vivo e tem espírito e alma. Mas onde deviam existir órgãos pulsantes correntes sanguíneas vibrantes, parece não ter nada. tá uma calmaria só. Será que me dopei e não percebi, ou será o ritmo natural da minha madrugada interna de hoje? Estranho. Essa é a hora que meus pensamentos se confundem em melodias, cores, densidades, cheiros, vontades... Hoje está fazendo madrugada quente, porém chuvosa. Não vejo a chuva mas sinto-a. Não sei se o calor é da madrugada ou de uma massa densa circular que gira dentro do meu corpo, no lugar dos órgãos, aquecendo-me. Também pode ser o meu coração que cresceu, expandiu, se alimentou de tudo que existia aqui dentro, e agora pulsa pulsa pulsa pulsa.. não é acelerado, é lento. Pulsar lento e demorado mas constante e não para.
-------
Queria poder entender, saber, ter, sentir, ver, beijar, estar, ser e ouvir. sou tudo isso mas quero ser junto. compartilhado. dividido ao meio. só em dois pedaços. e só quem eu quero agora. E que me queira pra sempre desde então.
Sente que algo aconteceu?
O coração acelerou, desregulou os sentidos e razão, não falei coisa com coisa. Falei boca com boca, pele com pele, língua com língua, alma com alma, esse tipo de coisa que falei.
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Pronto, me acalmei. Eu sei, de um saber meio ilusório e confuso, que vou viver novamente tudo o que agora desejo com tanto ardor. Um saber, digamos que intuitivo.
Ana Fonte
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Queria poder entender, saber, ter, sentir, ver, beijar, estar, ser e ouvir. sou tudo isso mas quero ser junto. compartilhado. dividido ao meio. só em dois pedaços. e só quem eu quero agora. E que me queira pra sempre desde então.
Sente que algo aconteceu?
O coração acelerou, desregulou os sentidos e razão, não falei coisa com coisa. Falei boca com boca, pele com pele, língua com língua, alma com alma, esse tipo de coisa que falei.
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Pronto, me acalmei. Eu sei, de um saber meio ilusório e confuso, que vou viver novamente tudo o que agora desejo com tanto ardor. Um saber, digamos que intuitivo.
Ana Fonte
domingo, 15 de março de 2009
A felicidade até existe!
Libertação da necessidade de transpiração ocular, querer chorar.
Quando em sempre sinto que quanto mais vivo e percebo a realidade hipócrita-lasciva que me rodeia tenho a vontade de praticar a transpiração citada acima. Mas me sinto forte, não forte o suficiente pra não chorar, pois choro, esperneio, me desespero sempre, como uma criança que acabara de cair e ralar o joelho. Mas forte o suficiente pra levantar passar um mertiolate- que vai doer 5 vezes mais que o prório corte - e gritar por 10 segundos, apenas, e continuar a brincar de pique. Realmente não sei de onde vem essa vontade de seguir, não tenho nenhuma religião, mesmo sendo batizada e ter feito a primeira comunhão aos 11 anos de idade. Essa energia vital nasceu comigo, essa vontade de regeneração perante as constantes desestruturações que presencio e vivo, só pode vir de um único exclusivo lugar.
Arte
Acredito que essa seja a minha energia, minha religião e a força para caminhar.. os caminhos são diversos, não tenho muita noção do que é certo e errado. Algumas coisas que acredito ser benéficas pra mim, voltam com respostas "negativas" e eu choro, esperneio, grito e paro. Relaxo, aprendo, penso e sorrio. Não julgo o que ou quem me fez esse tal mal. Pois acredito que o mal esta aí pra saber lidar com ele. Coitado de quem acha que chorar, sofrer e se perder não é ser feliz. Felicidade constante só em album de orkut, album de família, album de casamento, férias de julho, carnaval.. ai ai ai e quem não tira foto? Caramba, será que não se lembra do quanto foi feliz? ou a felicidade é uma confusão a parte mental no ser humano,que só acredita que foi feliz quando já passou? Quando olha aquele sorriso congelado, forçado.. sim, sei que estou sendo muito dura, mas foi o que passou na minha cabeça nesse momento, sei lá, talvez eu precise tirar mais fotos.
Bom, ter ficado o carnaval lendo Clarice Lispector, Antoin Artaud e ouvindo Bach, Chopin, Wagner, Beethoven e Stravinsky me colocou em emoções fortíssimas, únicas, e num mix de sentimentos todos bons.. uns de choro, outros de luzes e risadas euforicas, todas de paixões de amor. Fotografei na alma esse momento. Não lembro quando foi riso e quando foi choro, dor ou prazer.. lembro por um canal que ainda não sei dizer, acho que não tem nome ainda, mas o encanto se fez presente.
Agora eu o tenho para sempre.
Quando em sempre sinto que quanto mais vivo e percebo a realidade hipócrita-lasciva que me rodeia tenho a vontade de praticar a transpiração citada acima. Mas me sinto forte, não forte o suficiente pra não chorar, pois choro, esperneio, me desespero sempre, como uma criança que acabara de cair e ralar o joelho. Mas forte o suficiente pra levantar passar um mertiolate- que vai doer 5 vezes mais que o prório corte - e gritar por 10 segundos, apenas, e continuar a brincar de pique. Realmente não sei de onde vem essa vontade de seguir, não tenho nenhuma religião, mesmo sendo batizada e ter feito a primeira comunhão aos 11 anos de idade. Essa energia vital nasceu comigo, essa vontade de regeneração perante as constantes desestruturações que presencio e vivo, só pode vir de um único exclusivo lugar.
Arte
Acredito que essa seja a minha energia, minha religião e a força para caminhar.. os caminhos são diversos, não tenho muita noção do que é certo e errado. Algumas coisas que acredito ser benéficas pra mim, voltam com respostas "negativas" e eu choro, esperneio, grito e paro. Relaxo, aprendo, penso e sorrio. Não julgo o que ou quem me fez esse tal mal. Pois acredito que o mal esta aí pra saber lidar com ele. Coitado de quem acha que chorar, sofrer e se perder não é ser feliz. Felicidade constante só em album de orkut, album de família, album de casamento, férias de julho, carnaval.. ai ai ai e quem não tira foto? Caramba, será que não se lembra do quanto foi feliz? ou a felicidade é uma confusão a parte mental no ser humano,que só acredita que foi feliz quando já passou? Quando olha aquele sorriso congelado, forçado.. sim, sei que estou sendo muito dura, mas foi o que passou na minha cabeça nesse momento, sei lá, talvez eu precise tirar mais fotos.
Bom, ter ficado o carnaval lendo Clarice Lispector, Antoin Artaud e ouvindo Bach, Chopin, Wagner, Beethoven e Stravinsky me colocou em emoções fortíssimas, únicas, e num mix de sentimentos todos bons.. uns de choro, outros de luzes e risadas euforicas, todas de paixões de amor. Fotografei na alma esse momento. Não lembro quando foi riso e quando foi choro, dor ou prazer.. lembro por um canal que ainda não sei dizer, acho que não tem nome ainda, mas o encanto se fez presente.
Agora eu o tenho para sempre.
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