
sexta-feira, 10 de julho de 2009
As vezes é preciso despertar
Acostumada a não se importar com nada vai andando pelos caminhos mais perigosos sem saber ao menos onde acontece algo que pode mudar a sua vida. Sabe que as coisas mudam.. as coisas andam sem precisar da nossa aprovação ou compreensão. Andava demais no escuro, no desconhecido, no onde nunca pôde imaginar ou não quis. Imaginava o que podia ser quando já o tinha e imaginava que podia ter imaginado não querer. Gostava do divertido encontro com o que ainda nem sonhara em imaginar. E sempre teve dificuldade em distinguir o que do quê. Até que levou uma pedrada na cabeça dura de vento que sopra pra longe os pensamentos. Até que viu que sonho é sonho e realidade é realidade. Até que despertou pra esse mundo sujo. Tomara que não tenha acordado tarde demais porque ela pretende sonhar mais um pouco.
sábado, 4 de julho de 2009
Só mais um ponto de vista.
E ter a certeza de alguma coisa é como se pudéssemos controlar as coisas ao nosso redor. Pretensão idiota de acharmos que somos o centro do universo se não controlamos nem a nós mesmos. Alguns se sentem livres para desvendarem novas formas de olhar pro mesmo mundo. Enquanto tantos se perdem fracassados em tentar se encaixar nos padrões manjados dessa sociedade suicidada.
Desesperado ele procura se encontrar sempre e confuso ele se encontra sempre perdido.
Desesperado ele procura se encontrar sempre e confuso ele se encontra sempre perdido.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
AHHHH O AMOR!
Quando ela era criança costumava colecionar frases e versos de desconhecidos, porém sábios! Quando ela era criança brincava com tudo, a vida era pura brincadeira, desenho animado e chocolate. Ela costumava colecionar versos sobre o amor. Quando ela era adolescente deu o seu primeiro beijo, e continuava colecionando versos de amor. Tinha um que ela não gostava muito, mas mesmo assim ela escrevia nos diários anuais. "O amor é uma flor roxa, que só nasce no coração dos trouxas" ela achava de muito mau gosto, e realmente não compreendia como o amor podia despertar tais sentimentos pequenos e mesquinhos que levasse alguém a escrever tal frase. Ela amava pela primeira vez, ou pelo menos achava que aquilo que sentira era amor. Mas não se achava uma trouxa. Ela foi aprendendo que o sentimento do amor é mutável. Porque amava e desamava e passava e ia.. e amava mais cada vez mais.. AHHH O AMOR! Entrava e saia e brincava e achava que sentia tal sentimento amado e idolatrado e desejado e amando tudo e todos e deixando os amores amados de lado que não eram mais. De repetente, sem mais nem menos, ela percebe que cresceu, que amou amores falsos, amor de passageiro de ônibus, trem e metrô. Descobriu que amor não é assim tão fácil de se encontrar. Descobriu a dor da tranquilidade de não ter quem amar se não ela própria. Amor verdadeiro dela para com ela e .. calmaria no peito.
Ela costumava colecionar frases e versos de amor quando era menininha e não sabia o que era o amor.
Ela não coleciona mais frases no diário. Parou com isso faz um bom tempo.
Na calmaria algo aconteceu, ela realmente não esperava e não acreditava e não entendia e não queria entender. Ela foi de cabeça se jogou num sentimento que enlouqueceu e abalou toda e qualquer estrutura. Algo completamente diferente.. de um tamanho que não se pode medir.
Ela ainda se sente confusa demais abalada demais desestruturada demais.
passou um caminhão em cima do músculo fundamental e impulsionador das suas emoções. Ela tá esmagado e ainda bate confuso e desesperado implorando pra viver.
Ela não sabe bem o que é, mas agora entende o significado da frase que escrevia nas agendas anuais da infância colorida de balões de festa e com cheiro de algodão-doce. Ela compreende e não gosta disso. Não gosta mesmo.
Ela costumava colecionar frases e versos de amor quando era menininha e não sabia o que era o amor.
Ela não coleciona mais frases no diário. Parou com isso faz um bom tempo.
Na calmaria algo aconteceu, ela realmente não esperava e não acreditava e não entendia e não queria entender. Ela foi de cabeça se jogou num sentimento que enlouqueceu e abalou toda e qualquer estrutura. Algo completamente diferente.. de um tamanho que não se pode medir.
Ela ainda se sente confusa demais abalada demais desestruturada demais.
passou um caminhão em cima do músculo fundamental e impulsionador das suas emoções. Ela tá esmagado e ainda bate confuso e desesperado implorando pra viver.
Ela não sabe bem o que é, mas agora entende o significado da frase que escrevia nas agendas anuais da infância colorida de balões de festa e com cheiro de algodão-doce. Ela compreende e não gosta disso. Não gosta mesmo.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Sonhando acordada
Alguém aí pode me escutar? Por favor to perdida aqui, não sei bem pra onde sigo. O senhor por favor pode me dizer qual é o caminho que se chega naquela estrada larga com três amendoeiras e um pé de laranjeira que normalmente as pessoas dormem aproveitando a sombra? Eu não durmo faz 2 dias. E nunca tive insónia na vida. dormir sempre foi fácil.. dormir tranquilamente sem pensamentos tolos a me torturar. Na ultima semana descobri que calmante funciona mesmo pras horas de completo desespero. Mas não quero ficar dependente disso. Acho que não faz muito bem pro sistema sistemático psicossomático neurológico.. ai to tonta, posso sentar um pouco aqui? não vou demorar, juro. Só quero recompor a minha estabilidade energética. Acho que ta faltando vitamina no meu corpo. É acho que me prolonguei aqui. O senhor, por favor tem como me ajudar a achar o caminho? Ahh.. entendi também tá perdido. Ok. O que você acha de vir comigo? Caso nos percamos estaremos juntos pelo menos.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Aconteceu sem mais nem menos
Se perdeu e acabou meu anjo. Agora nada mais acontece. Nos perdemos nesse mundão. Aconteceu o que temíamos. Acabou sem antes começar, enfim.
A vida seguindo o seu rumo e nos empurra, nos força a seguir. A gente vai tentando não tropeçar com os puxões que ela dá. Nada resiste a distancia, nem aquele lindo sonho infantil de que poderia ser diferente algum dia, quem sabe? porque não? Aquele com gosto de Kinder bueno. Não resistimos. Fomos vencidos. Perdemos. Nos perdemos. O grão não foi devidamente regado como prometido. Alguém esqueceu que é preciso lutar pra vencer. Mas tudo bem meu amorzinho. Não há culpado. Não há remorso. Não há nem mais esperança. Que pena, meu bem. Que pena.
Deita aqui perto, assim de conchinha, ajeito antes o meu cabelo pra não te incomodar. daí encaixa as suas pernas nas minhas, isso, eu aperto a sua mão e seu abraço me aquece.
Ei, adoro quando você me dá essa cafungada no pescoço. Não esquece de jogar fora aquela coisa fedorenta que você cisma em colocar entre as pernas pra dormir. Você realmente nunca vai entender o que quero dizer. Tudo bem. ok. bjoca-oca.
A vida seguindo o seu rumo e nos empurra, nos força a seguir. A gente vai tentando não tropeçar com os puxões que ela dá. Nada resiste a distancia, nem aquele lindo sonho infantil de que poderia ser diferente algum dia, quem sabe? porque não? Aquele com gosto de Kinder bueno. Não resistimos. Fomos vencidos. Perdemos. Nos perdemos. O grão não foi devidamente regado como prometido. Alguém esqueceu que é preciso lutar pra vencer. Mas tudo bem meu amorzinho. Não há culpado. Não há remorso. Não há nem mais esperança. Que pena, meu bem. Que pena.
Deita aqui perto, assim de conchinha, ajeito antes o meu cabelo pra não te incomodar. daí encaixa as suas pernas nas minhas, isso, eu aperto a sua mão e seu abraço me aquece.
Ei, adoro quando você me dá essa cafungada no pescoço. Não esquece de jogar fora aquela coisa fedorenta que você cisma em colocar entre as pernas pra dormir. Você realmente nunca vai entender o que quero dizer. Tudo bem. ok. bjoca-oca.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Ta fazendo muito frio
Eu só quero me aquecer
pra poder relaxar
pra me sentir bem
pra poder acordar com energia pra vida
só quero um lugar onde me sinta em casa
só por hoje
porque eu não posso ter pra sempre
eu posso ter pra sempre?
porque desejar..
o que desejar pra sempre?
o que na minha cabeça é pra sempre?
pra poder relaxar
pra me sentir bem
pra poder acordar com energia pra vida
só quero um lugar onde me sinta em casa
só por hoje
porque eu não posso ter pra sempre
eu posso ter pra sempre?
porque desejar..
o que desejar pra sempre?
o que na minha cabeça é pra sempre?
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Porque somos assim?
Era noite de sexta feira na Lapa, Rio de Janeiro, ela estava meio perdida e um pouco altinha por ter bebido mais do que o normal. Mas era sexta, então não se importava muito. Encontrou depois de anos, aproximadamente uns 8 anos, alguns amigos da pré-adolescência. Estava feliz em revê-los depois de tantos anos passados. Agora, pela primeira vez, bebia na presença deles. Mais que bebia, compartilhava a mesma bebedeira e também o primeiro maço de cigarro . Todos alegres, felizes e com sensação de redescobrimento da amizade antiga e preciosa.
Muitas gargalhadas, gritos, cigarros, fotos, fofocas, pinga, cigarros, raggae e cigarros.
Ela de repende escuta:
- Tia, compra um xicreti aê.
- Oi? ( bêbada e um pouco assustada)
- Me ajuda aê. por favor tia.
- Mas quantos anos você tem menino? ( doce e preocupada)
- Tenho 6.
- Mas já são 1:37 da madrugada. Você devia ta dormindo, meu Deus!
Ela repara o olhar do menino: duas jabuticabas pretas pedindo carinho e atenção. Ela acha que ainda existia uma esperança.. mas era esperança pisada e retorcida.
- Como você se chama?
- Ronald
- Você já comeu hoje, Ronald ?
Fez que não com a cabeça.
- O que você gostaria MUITO de comer agora? Fala que eu compro pra você. Quer um Hambúrguer bem gordão gostosão tudo de bão?
- Eu quero fofura, Tia.
- Oi? Fofura???!!!
- Anham!
Ela reparou que ele falava a verdade, porque enquanto mexia a cabeça pra cima e pra baixo, soltava um sorriso de orelha a orelha e os olhinhos de infância pisada e retorcida estavam resplandecentes.
- Uma fofura aqui pro meu amiguinho Ronald, por favor!
Ele pegou a fofura como se fosse a comida mais impossível e deliciosa. Ela entendeu a felicidade, pois ele era uma criança de 6 anos.. crianças desejam besteiras.
Ela teve que dobrar um pouco os joelhos quando deu um beijo carinhoso na careca do menino que parecia estar radiante por comer a sua tão sonhada fofura.
- Tchau. Vai com Deus Ronald. ( ou pelo menos tente ir, ela pensou.)
Ele se foi, não foi muito difícil ele se perder na multidão da Lapa. Ela agora não o via mais.
Um amigo, o da infância, de 8 anos atrás, bêbado e fumando um cigarro falou:
- Pronto fulana, agora você pode correr pro banheiro e lavar a boca.
Ela via risadas, mas não as ouviam. Ela teve nojo? Ela teve. Mas não sabe exatamente de quem.
Muitas gargalhadas, gritos, cigarros, fotos, fofocas, pinga, cigarros, raggae e cigarros.
Ela de repende escuta:
- Tia, compra um xicreti aê.
- Oi? ( bêbada e um pouco assustada)
- Me ajuda aê. por favor tia.
- Mas quantos anos você tem menino? ( doce e preocupada)
- Tenho 6.
- Mas já são 1:37 da madrugada. Você devia ta dormindo, meu Deus!
Ela repara o olhar do menino: duas jabuticabas pretas pedindo carinho e atenção. Ela acha que ainda existia uma esperança.. mas era esperança pisada e retorcida.
- Como você se chama?
- Ronald
- Você já comeu hoje, Ronald ?
Fez que não com a cabeça.
- O que você gostaria MUITO de comer agora? Fala que eu compro pra você. Quer um Hambúrguer bem gordão gostosão tudo de bão?
- Eu quero fofura, Tia.
- Oi? Fofura???!!!
- Anham!
Ela reparou que ele falava a verdade, porque enquanto mexia a cabeça pra cima e pra baixo, soltava um sorriso de orelha a orelha e os olhinhos de infância pisada e retorcida estavam resplandecentes.
- Uma fofura aqui pro meu amiguinho Ronald, por favor!
Ele pegou a fofura como se fosse a comida mais impossível e deliciosa. Ela entendeu a felicidade, pois ele era uma criança de 6 anos.. crianças desejam besteiras.
Ela teve que dobrar um pouco os joelhos quando deu um beijo carinhoso na careca do menino que parecia estar radiante por comer a sua tão sonhada fofura.
- Tchau. Vai com Deus Ronald. ( ou pelo menos tente ir, ela pensou.)
Ele se foi, não foi muito difícil ele se perder na multidão da Lapa. Ela agora não o via mais.
Um amigo, o da infância, de 8 anos atrás, bêbado e fumando um cigarro falou:
- Pronto fulana, agora você pode correr pro banheiro e lavar a boca.
Ela via risadas, mas não as ouviam. Ela teve nojo? Ela teve. Mas não sabe exatamente de quem.
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